Comunicados
A Receita Federal, a partir da publicação as Solução de Consulta COSIT nº 7, fixou orientação sobre o regime de tributação da receita auferida pela alienação de bem imóvel, destinado à locação, por contribuintes que exerçam atividade imobiliária.
Antes, prevalecia o entendimento de que somente a receita da venda de bens imóveis integrantes do estoque poderia compor a receita operacional, para os contribuintes atuantes no mercado imobiliário. O resultado da venda de imóveis destinados à locação, escriturados no ativo imobilizado, deveria ser, então, levado à tributação como ganho de capital[1].
Com a nova consulta, a Administração Tributária passou a reconhecer a alienação de bens imóveis, inicialmente adquiridos para locação, como atividade comum e recorrente no mercado imobiliário, de modo que os seus resultados devem compor a receita operacional bruta dos contribuintes que atuam no ramo, ainda que os bens estivessem, num primeiro momento, classificados como ativo imobilizado.
Em termos práticos, a Solução de Consulta COSIT nº 7/2021 representa um importante avanço para os contribuintes do mercado imobiliário, na medida em que a receita da alienação destes imóveis passa a se submeter ao percentual de presunção da base de cálculo do Lucro Presumido de 8% para IRPJ e 12% para a CSLL.
Para tanto, é preciso que o contribuinte observe alguns critérios estabelecidos na Solução de Consulta, quais sejam:
Por fim, ressalta-se que, uma vez reconhecido que o resultado da alienação destes imóveis integra a receita bruta operacional do contribuinte, incidirá sobre a receita decorrente da operação, além do IRPJ e da CSL, as contribuições para o PIS/PASEP e Cofins, com alíquotas de 0,65% e 3%, respectivamente, na hipótese de opção pelo regime do Lucro Presumido.
[1]Solução de Consulta COSIT nº 251, de 12.12.2018
EMENTA: LUCRO PRESUMIDO. VENDA DE BEM DO ATIVO IMOBILIZADO. RECLASSIFICAÇÃO PARA O CIRCULANTE. GANHO DE CAPITAL. TRIBUTAÇÃO.
A alienação de bem do ativo imobilizado por sociedade empresária optante pelo lucro presumido deve ser tributada pelo IRPJ segundo as regras aplicáveis ao ganho de capital, ainda que tenha havido a reclassificação do bem para o circulante.